Após o conhecimento sobre a História do Porto de Santos, pode-se compreender que o porto é de extreme importância para a economia desde 1892, mas há como relacionar ainda mais o porto com a economia brasileira.

O porto de Santos concentra mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e abrange principalmente os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Aproximadamente 90% da base industrial paulista está localizada a menos de 200 quilômetros do porto santista.
Respondendo por mais de um quarto da movimentação da balança comercial do país, o Complexo Portuário de Santos inclui na pauta de suas principais cargas produtos como o açúcar, soja, cargas em contêiner, café, milho, trigo, sal, polpa cítrica, suco de laranja, papel, automóveis, álcool e outros granéis líquidos.

Contêineres no Porto 

Segundo o Jornal Folha de S. Paulo, em 2007 o Porto de Santos foi considerado, o 39ª maior do mundo por movimentação de contêineres pela publicação britânica Container Management, sendo o mais movimentado da América Latina. O sistema de acessos terrestres ao porto é formado pelas rodovias Anchieta e Imigrantes e pelas ferrovias Ferroban e MRS. O Tecon Santos, terminal da Santos Brasil, recebeu o navio de maior capacidade a atracar no complexo santista, o CAP San Nicolas, da armadora Hamburg Süd, de 9.600 TEU.
O Complexo Portuário de Santos conta com uma variedade de equipamentos.

O primeiros são os veículos industriais, que podem ser motorizados ou não e a função é transportar e/ou manobrar.

Empilhadeira no Porto de Santos

Há também os Equipamentos de Elevação e Transferência, sendo a principal função tranferir os contêineres.

Guindaste Fixo

Os mais vistosos dos equipamentos no complexo são os Porteiners, que são utilizados na movimentação e armazenamento dos contêineres.

Porteiners em Santos











*Para mais informações detalhadas sobre os equipamentos, indicamos o Blogisticando, da Fatec Rubens Lara






O café é um dos produtos mais antigos do mundo e com uma importância extrema para a história do comércio brasileiro. 
Foi trazido para o Brasil pelos Europeus em meados de 1727, tornando-se o produto base para a economia brasileira. O café proporcionou uma desenvolvimento mais acelerado da economia, seu cultivo fez com que surgissem novas moradias e cidade, além da construção de ferrovias para o transporte do produto. 





A importância do café para a economia brasileira é extensa, principalmente no início da comercialização. De 100 milhões de sacas de café, 76% são exportadas, 13% são consumidas no Brasil e 11% consumidas em países também produtores de café. Em 1945, com a independência do Brasil, o café já era o maior produto de exportação brasileiro e entre os países consumidores do café nacional, está os Estados Unidos, com mais 50% de consumo. Segundo Ormond (1999) “A cultura do café no Brasil apresentou ciclos de expansão e crises de acordo com as variações da economia mundial, mas chegou a ser responsável por cerca de 80% das nossas receitas cambiais.” A indústria do café, naquela época, era autossuficiente, e foi por um longo período de tempo, se tornou uma das principais riquezas do Brasil. (ORMOND, 1999)




A influência do café no Brasil foi além da econômica, mas também social e policia Há importantes fatos ocorrido no país, onde estes desenvolveram-se em função de lavouras, além de, tornarem os fazendeiros a elite social da época. (ORMOND, 1999)



Quando o produto de comercialização se trata do café, há uma característica diferente, pois enquanto a importação dos demais produtos são utilizado para suprir a escassez local, no café 80% do mercado é composta por países não-produtores, o que causa uma outra vantagem para países que o produzem, principalmente o Brasil, onde os movimentos de reexportação são mais fáceis de identificar. As estratégias de reexportação são ocupadas por intrablocos econômicos, facilitados pelas zonas livres de comércio. (ORMOND, 1999)








No Brasil, o número de exportação de café em grão nas ultimas quatro décadas, variou de 8 milhões e 19,5 milhões de sacas, totalizando aproximadamente 15 milhões. Com o aumento do consumo interno no ano de 1991, os resultados das exportações foram inferiores à anos anteriores. Porém, em 1996, inicia-se a recuperação das exportação e o aumento dos preções de recuperação dos cafezais. (ORMOND, 1999)


Em 1995, a Rússia representava 42% do destino de todos os embarques brasileiros de café solúvel. A partir daí, até 1997, a diminuição em um terço das exportações para a Rússia e em metade para a Romênia teve efeito importante sobre o volume (-11%) e a receita cambial brasileira (-23%) no setor de café solúvel. A crise de 1998 agrava a situação do setor, diminuindo a receita em mais 27%, como consequência direta da redução do valor das exportações para a Rússia (49%, menos US$ 60 milhões), Ucrânia (79%, menos 44 milhões), Inglaterra (62%, menos US$ 5,3 milhões), Romênia (31%, menos 4,8 milhões) e Japão (7%, menos 3 milhões). (ORMOND, 1999)






O café já representou cerca de 70% das exportações na década de 1920. Atualmente, o número de exportações está bem reduzido, contudo, o Brasil ainda é o maior exportador e produtor de café, como é possível observar no quadros ao lado. 

































JANK, Marcos Sawaya; NASSAR, André Meloni; TACHINARDI, Maria Helena. Agronegócio e comércio exterior brasileiro. Revista USP, n. 64, p. 14-27, 2005.
PONCIANO, Niraldo José. Segmento exportador da cadeia agroindustrial do café brasileiro. 1995.
ORMOND, José Geraldo Pacheco; PAULA, Sergio Roberto Lima de; FAVERET FILHO, Paulo. Café:(re) conquista dos mercados. BNDES Setorial, Rio de Janeiro, n. 10, p. 3-56, 1999.]




Para o melhor compreensão da história desse importante lugar, segue uma rápida linha do tempo.

1543 - Formou-se um povoado no acesso do canal da Bertioga.


1546 - povoado foi elevado à condição de Vila do Porto de Santos.

Quadro de Benedicto Calixto representando a Fundação da Vila de Santos

1550 - Instalação da Alfândega. 
E assim o porto funcionou por três séculos e meio, com poucos equipamentos e muito trabalho físico.

1867 - início da operação "São Paulo Railway",Ferrovia que ligava a região da Baixada Santista ao Planalto.



12 de julho de 1888 - Decreto nº 9.979, o grupo liderado por Cândido Gaffrée e Eduardo Guinle foi autorizado a construir e explorar, por 39 anos, depois ampliado para 90 anos, o Porto de Santos, com base em projeto do engenheiro Sabóia e Silva. Com o objetivo de construir o porto, os concessionários constituíram a empresa Gaffrée, Guinle & Cia., com sede no Rio de Janeiro, mais tarde transformada em Empresa de Melhoramentos do Porto de Santos e, em seguida, em Companhia Docas de Santos.
1980 - Término do período legal de concessão da exploração do porto pela Companhia Docas de Santos, o Governo Federal criou a Companhia Docas do Estado de S. Paulo-Codesp, empresa de economia mista, de capital majoritário da União. 

2 de fevereiro de 1892 - O Porto de Santos foi inaugurado quando a Companhia Docas de Santos - CDS, entregou à navegação mundial os primeiros 260 m de cais, na área do Valongo. 

Inauguração do Porto de Santos em 1892


2013- O Porto de Santos superou a marca dos 114 milhões de toneladas movimentadas, antecipando em um ano a projeção base para 2014 que era a movimentação de 112,6 milhões de toneladas. 

O porto não parou de se expandir, atravessando todos os ciclos de crescimento econômico do país, aparecimento e desaparecimento de tipos de carga, até chegar ao período atual de amplo uso dos contêineres. Açúcar, café, laranja, algodão, adubo, carvão, trigo, sucos cítricos, soja, veículos, granéis líquidos diversos, em milhões de quilos, têm feito o cotidiano do porto, que já movimentou mais de l (um) bilhão de toneladas de cargas diversas, desde 1892, até hoje. 

Porto de Santos Atualmente


Faixada Museu do Café. Santos-SP

O Museu do Café está localizado em Santos, litoral do estado de São Paulo, onde descreve todo o contexto histórico-cultural do café, o produto que deu inicio a exportação no Brasil. 


O Museu do Café foi construído em 1920, porém, foi inaugurado dois anos depois, no dia 7 de setembro em comemoração aos cem anos da independência do Brasil. A construção do museu se deu na cidade de Santos porque era a cidade conhecida como a maior praça de café do mundo, onde funcionou até 1986 para a divulgação da cotação do café no mercado internacional.  O museu realiza exposições que mostram toda a história do café e a importância do mesmo para a economia brasileira.                          No local, é servido vários tipos de café, entre eles, o mais caro e raro do Brasil, o Jacu Bird, cujo são grãos expelidos pelo passarão Jacu. 


Uma das principais atrações do museu, são as telas e painel de Benedito Calixto. Esta obra é composta por três partes que representam acontecimentos importantes que aconteceram no Brasil. No centro, é retratado o período colonial, onde há a Mãe d' ouro no centro, distribuindo ouro entre as ninfas para que as mesmas o guardassem no fundo do rio, representando uma protetora das riquezas natural das terras brasileiras. Há também, o bandeirante Bartolomeu conhecido como "O Anhanguera" entre animais perigosos como jacarés e cobras, e ao redor, outros animais e plantas representando a fauna e flora brasileira. Na imagem do lado direito, retrata a deusa da agricultura recompensando os trabalhadores pelo trabalho feito nas lavouras. Pode-se observar também, alimentos da agricultura brasileira como café, açúcar, algodão, trigo, frutas e a cana-de-açúcar. No lado esquerdo, observa-se a representação do comércio, onde mostra-se cofre, exaltando o crescimento da economia. Representa-se, também, o desenvolvimento industrial, onde ao fundo, nota-se o porto de Santos. 

Relacionam-se com o vitral, as três telas pintadas por Benedito Calixto, cujo também se encontram no Museu do café. 


Nesta primeira imagem, o artista retrata Santos vista do alto da Ilha de Barnabé, priorizando a imagem natural e urbana, retratando a fauna, flora, lavoura e comércio. 
Nesta imagem, é retratada a inauguração da Vila em 1545. Merece destaque, o pelourinho onde Brás Cubas lê a carta foral, a Igreja da Irmandade de Nossa Senhora da Misericórdia, a Casa do Conselho a esquerda e a Capela de Santa Catarina a direita.


Nesta terceira pintura, é retratado Santos já construída em 1822, onde é possível notar o crescimento da cidade em relação a primeira tela. Observa-se o crescimento da agricultura, comércio e indústria. Esta tela é ladeada também por imagens de aves da fauna e brasões do Brasil Império e do Brasil República.


                                                                                         
       
Nesta figura, é retratada a mesma principal, e 60 cadeiras ao redor, onde eram realizadas negociações que determinavam a cotação diária do café. Os homens que trabalhavam na bolsa, eram posicionados em ordem hierárquica para a realização de suas respectivas atividades. 






O Museu do Café é aberto de Terça a Domingo com visitar monitoradas. Um ótimo lugar para se conhecer e conhecer muito mais sobre o produto raiz das exportações brasileiras, chave da economia nacional, o café.